quarta-feira, 16 de março de 2011

Memória Olfativa...

Trago na memória alguns odores que marcaram a minha infância...

Alguns bons... outros nem tanto...

Lembro-me da minha primeira experiência amoniacal quando, fazendo alguns biscoitos, minha mãe deixou o vidro de amoníaco sobre a mesa. Atirei-me sobre o frasco com a volúpia de uma criança atirando-se sobre os doces... Não recordo-me exatamente do que se passou depois... só sei que tombei... não ferido... mas anestesiado pelo odor forte, que mais tarde fiquei sabendo, ser das ligações entre os átomos de nitrogênio, hidrogênio e oxigênio...

Mas, como todo gordinho que se preza, os cheirinhos vindos do fogão, eram os que mais me alegravam...

E, nesse capítulo, meu pai teve papel principal...

Conversando com uma amiga, contei-lhe que meu pai preparava uns almoços aos sábados, que eram a felicidade dos glutões... coisas simples... mas de extremo prazer ao paladar... arroz, feijão, carne de porco, salada de agrião e uma banana... quer coisa melhor...???

E nos dias de milho...??? Hummmmmm... pamonha... curau... suco... bolo... e a mais suculenta das sopas...

Dava água na boca... risos...

Minha mãe não ficava atrás... o rocambole de frango com massa de batata era disputado até o último pedaço...

Creio que o prazer em cozinhar, na minha família, é genético... todos os irmãos cozinham... e a tradição já está passando para os sobrinhos...

Bon appetit...

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